Raiz, caule, folhas, flores e frutos

, 1966

Alberto Carneiro

madeira de tola, ferro e granito

250 × 75 × 66 cm
Inv. 2266
Historial
Adquirido pelo Estado em 1974.

Exposições
Porto, 1967, 2; Lisboa, 1967; Porto, 1968, 4; Basileia, 1979, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1979, s.n.º, p.b.; Lisboa, 1991, 12, p.b.; Porto, 1991, 12, p.b.; Lisboa, 1994, s.n.º, cor; Lisboa, 2002; Lisboa, 2008; Lisboa, 2008.

Bibliografia
Alberto Carneiro, 1967, 2; Alberto Carneiro, 1967; III Salão Nacional de Arte, 1968, 4; SOUSA, 1974, 32; Alberto Carneiro, 1979, s.n.º, p.b.; FREITAS, 1991, 12, p.b.; Anos 60. Anos de ruptura…, 1994, s.n.º, cor.
As influências da Arte Povera, da Land Art e o manifesto para uma arte ecológica, que o autor desenvolveu, foram e são cruciais para o entendimento da obra de Alberto Carneiro. A simbiose e entendimento da expressão artística à luz de conceitos relacionais entre o homem e o seu meio ambiente, transportam os ritmos, formas e casualidades biodiversas para a criação de um objecto artístico. A capacidade expressiva torna-se uma transformação do natural, e nesse sentido questiona-se a ambivalência da obra de arte enquanto origem empírica e transfiguração cultural. A árvore não é, segundo o autor, uma obra de arte, mas ela pode ser tomada e transformada como tal, e é precisamente esta função interventiva e operadora de mudanças no significado do natural, muito embora de acordo com as suas proposições milenares, que interessa revelar nesta arte de florestas.

Emília Tavares