João Tabarra

LIsboa , 1966

Estudou fotografia no Ar.Co (1986-1989), e distinguiu-se na foto-reportagem no jornal O Independente, sendo um dos protagonistas da renovacção do fotojornalismo em Portugal. Entre 1990 e 2001 desenvolveu uma parceria artística com João Louro, a Entertainment Co., começando a delinear uma carreira a solo a partir de 1997. A fotografia e o vídeo têm sido as tipologias mais utilizadas no seu trabalho. Aliando um permanente estado performativo à construção das suas obras, o artista apresenta-se em cenários reais no limite de ações absurdas ou provocatórias, delineando um discurso artístico crítico sobre as tensões entre o sujeito e os modelos sociais e económicos pós-capitalistas. O realismo crítico das suas imagens e filmes reveste-se também de um forte sentido irónico, dum imaginário absurdo e de uma poesia utópica, revelando as contradições e anseios do homem contemporâneo em toda a sua complexidade e luta quotidiana. A sua obra tem vindo a ser apresentada em exposições individuais e coletivas, nacional e internacionalmente, com destaque para a exposição No Pain No Gain no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Lisboa, (2000), Mute Control no Museu de Serralves, Porto, (2000) e mais recentemente G na galeria ZDB e Graça Brandão em Lisboa e em 2010 Les limites du désert apresentada na Galeria Graça Brandão, Lisboa e na Art&River Bank em Tóquio. Expôs, entre outros, no Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela (2006 e 2012), Circulo de Belas Artes de Madrid (2006), MUDAM no Luxemburgo (2007), e na Caixa Cultural do Rio de Janeiro (2008). Participou na Bienal de São Paulo (2002) e em 2005 foi um dos finalistas do 1º Prémio BES Photo.

Emília Tavares