Francisco Tropa

Lisboa , 1968

Iniciou a sua formacção artística no Ar.Co, tendo depois frequentado o Royal College of Art, em Londres (1992), completando o seu percurso formativo como bolseiro da Fundacção Alfred Topfel na Kunstakademie, Münster, Alemanha (1995-1996). Começou a expor na década de 80 mas é na década seguinte que a sua obra adquire uma projeção nacional e internacional. O seu trabalho utiliza uma grande amplitude de tipologias como a escultura, o desenho, a instalação, fotografia, filme, e a performance. As referências culturais e artísticas modernistas e/ou das vanguardas servem, frequentemente, de ponto de partida no seu trabalho para uma reelaboracção crítica da história da arte e das suas relações com outras áreas do conhecimento, através de uma linguagem conceptual. O conceito de espaço é determinante no seu discurso artístico, através da construção de objectos e ambientes que remetem para um inquérito científico, arqueológico ou antropológico sobre o processo criativo, a origem da cultura e da arte. As suas instalações propõem uma experiência introspetiva uma vez que o visitante é confrontado com a questão existencial da transitoriedade, ideia transversal a vários projetos do artista. Tem exposto regularmente em Portugal e no estrangeiro. Em 1997 foi-lhe atribuído o Amstelveen Art Prize, Amsterdão e o Prémio de Desenho da Bienal das Caldas da Rainha em 1998. Das suas exposições destacam-se as realizadas no Museu de Serralves (1998, 2006 e 2010), no Centro de Arte Moderna da FCG (2003) e na Culturgest (2006). Participou na exposições internacionais da Bienal de São Paulo, de 1999, e da Bienal de Veneza em 2003, tendo sido em 2011 o representante do pavilhão de Portugal.

Leonor Oliveira